Graduação
Conheça maisO ensino florestal no Brasil iniciou-se em 1960 com a instalação do primeiro curso de graduação em Engenharia Florestal no país. Ao longo das décadas seguintes, o ensino expandiu com o estabelecimento de sete cursos na década de 1970, seguidas por mais cinco na década de 1980 e outros cinco na década de 1990, totalizando 20 escolas de ensino florestal até o ano 2000. A partir daí, o ensino florestal apresentou crescimento abrupto, triplicando o número de cursos de graduação até 2017.
Em 2023, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), existem ao menos 71 cursos de Bacharelado em Engenharia Florestal na modalidade presencial em todo o país, oferecidos por 62 Instituições de Ensino Superior.
A maioria dos cursos de Engenharia Florestal está concentrada nas regiões Norte (31%) e Sudeste (23%), que juntas abrigam 45% das instituições que oferecem esses cursos no Brasil.
Em 2023, as universidades brasileiras disponibilizaram 7,7 mil vagas para cursos de graduação em Engenharia Florestal, representando um aumento de 20% em relação a 2018. No entanto, o número de novos estudantes é bem inferior ao total de vagas, com uma queda de 23% nas matrículas desde 2018. Tendência similar é observada no número de formandos. Em 2023, havia 9,3 mil alunos matriculados no curso, e aproximadamente mil estudantes concluíram a graduação em Engenharia Florestal no mesmo ano.
Em 2018, a distribuição de estudantes de Engenharia Florestal por gênero era equilibrada, com uma leve maioria masculina. Contudo, essa dinâmica se inverteu nos anos seguintes, com as pessoas do gênero feminino sendo maioria nos cursos de Engenharia Florestal.
Pós-graduação
Conheça maisO ensino de pós-graduação em Engenharia Florestal no Brasil iniciou-se na década de 1970. Em 1973, a Escola de Curitiba criou o primeiro curso de mestrado em Engenharia Florestal do Brasil, sendo seguida por Viçosa e pela Universidade Estadual Paulista (USP) em 1976, e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (INPA) em 1980. Em 1982, a Escola de Curitiba também inaugurou o primeiro curso de doutorado em Engenharia Florestal no país, seguido por Viçosa em 1989.
As informações sobre os cursos de pós-graduação no Brasil são fornecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação. O Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF) utiliza os dados publicados pela CAPES para monitorar a área de conhecimento em Recursos Florestais e Engenharia Florestal, que atualmente conta com onze cursos cadastrados.
Em 2018, o Brasil contava com 42 programas de pós-graduação na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, incluindo mestrado, mestrado profissional e doutorado. Esse número cresceu para 43 cursos em 2019 e se manteve estável até 2022. Já para instituições, em 2018 os cursos estavam distribuídos em 23 Instituições de Ensino Superior, aumentando para 24 em 2020 e se mantendo estável até 2022. Entre 2018 e 2022, 13 instituições ofereciam cursos de doutorado e duas ofereciam cursos de mestrado profissional.
Programa de Pós-Praduação | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | 2022 | |||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Prog. | Inst. | Prog. | Inst. | Prog. | Inst. | Prog. | Inst. | Prog. | Inst. | |
Ciência e Tecnologia da Madeira | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 |
Ciência Florestal | 7 | 4 | 7 | 4 | 7 | 4 | 7 | 4 | 7 | 4 |
Ciências Ambientais e Florestais | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 |
Ciências de Florestas Tropicais | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 |
Ciências Florestais | 12 | 8 | 13 | 9 | 13 | 9 | 13 | 9 | 13 | 9 |
Ciências Florestais e Ambientais | 3 | 3 | 3 | 3 | 3 | 3 | 3 | 3 | 3 | 3 |
Engenharia de Biomateriais | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 |
Engenharia Florestal | 8 | 5 | 8 | 5 | 8 | 5 | 8 | 5 | 8 | 5 |
Gestão de Área Protegidas na Amazônia | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 |
Recursos Florestais | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 | 2 | 1 |
Tecnologia de Celulose e Papel | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 |
Total | 42 | 23 | 43 | 24 | 43 | 24 | 43 | 24 | 43 | 24 |
¹ O número de programas é a soma dos programas de mestrado, mestrado profissional e doutorado.
Das 24 instituições que ofertavam cursos de pós-graduação na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal em 2022, oito são localizadas na região Sudeste, totalizando 20 cursos e 236 docentes. Além disso, as regiões Norte e Sul possuem 5 instituições cada uma, com 7 e 8 cursos e 122 e 115 docentes, respectivamente.
Entre 2018 e 2022, o número de docentes nos cursos de pós-graduação na área florestal passou de 547 para 550 em 2019, mas caiu para 526 em 2022. O curso com maior número de professores em 2022 foi Ciências Florestais, com 141 docentes, seguido de Engenharia Florestal, com 120.
Programa de Pós-Graduação | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 | 2022 |
---|---|---|---|---|---|
Ciência e Tecnologia da Madeira | 14 | 14 | 14 | 14 | 13 |
Ciência Florestal | 97 | 100 | 96 | 91 | 92 |
Ciências Ambientais e Florestais | 24 | 22 | 21 | 27 | 27 |
Ciências de Florestas Tropicais | 25 | 24 | 24 | 25 | 25 |
Ciências Florestais | 141 | 152 | 141 | 150 | 141 |
Ciências Florestais e Ambientais | 57 | 57 | 54 | 55 | 53 |
Engenharia de Biomateriais | 17 | 17 | 18 | 18 | 19 |
Engenharia Florestal | 132 | 126 | 127 | 125 | 120 |
Gestão de Área Protegidas na Amazônia | 32 | 32 | 29 | 33 | 29 |
Recursos Florestais | 29 | 28 | 31 | 31 | 31 |
Tecnologia de Celulose e Papel | 10 | 12 | 11 | 10 | 11 |
Total de docentes únicos | 547 | 550 | 535 | 545 | 526 |
¹ O número corresponde ao total de docentes registrados em cada ano, sem representar a soma dos programas de pós-graduação, pois um mesmo docente pode estar vinculado a mais de um programa.
Em relação ao número de discentes, 1.298 alunos estavam matriculados em programas de pós-graduação na área florestal em 2022. Neste ano houve a titulação de 435 alunos, sendo 273 de mestrado, 156 de doutorado e 6 de mestrado profissional.
Discente | Mestrado profissional | Mestrado | Doutorado | Total |
---|---|---|---|---|
2.018 | 33 | 1.166 | 874 | 2.073 |
Matriculado | 15 | 790 | 703 | 1.508 |
Titulado | 18 | 376 | 171 | 565 |
2.019 | 27 | 1.145 | 858 | 2.030 |
Matriculado | 16 | 794 | 672 | 1.482 |
Titulado | 11 | 351 | 186 | 548 |
2.020 | 13 | 1.092 | 791 | 1.896 |
Matriculado | 11 | 759 | 639 | 1.409 |
Titulado | 2 | 333 | 152 | 487 |
2.021 | 31 | 1.029 | 798 | 1.858 |
Matriculado | 29 | 717 | 666 | 1.412 |
Titulado | 2 | 312 | 132 | 446 |
2.022 | 25 | 932 | 776 | 1.733 |
Matriculado | 19 | 659 | 620 | 1.298 |
Titulado | 6 | 273 | 156 | 435 |
¹ O número de matriculados corresponde às matrículas efetivas de cada ano, ou seja, um aluno regular realiza sua matrícula anualmente até a conclusão de sua titulação.
Em relação ao ingresso dos estudantes, em 2022 foram 272 novos estudantes de mestrado e 128 de doutorado na área de Engenharia Florestal e Recursos Florestais. No entanto, desde 2018, o número de ingressos vem diminuindo, com uma redução de 36% nos cursos de mestrado e 28% nos cursos de doutorado. Neste período, dos 2.501 estudantes que ingressaram, 22 abandonaram e 51 foram desligados do curso de pós-graduação.
Dos estudantes que ingressaram nesse período, 99% são brasileiros (Figura 5). Ainda assim, o Brasil também recebeu pós-graduandos de 15 países, principalmente de Moçambique (7 discentes) e Peru (5 discentes).