Comércio externo

Para explorar a dinâmica nacional de exportação e importação dos produtos florestais no Brasil, utilizamos os dados abertos de Estatísticas de Comércio Exterior publicado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e as classes de produtos florestais utilizadas pelo Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF). A série histórica compreende o período de 2018 a 2023.

Exportação

Em 2023, os principais Produtos Florestais Madeireiros exportados pelo Brasil em termos de quantidade foram: celulose (18,9 milhões t), papel e cartão (2,2 milhões t) e cavacos e partículas de madeira (1,5 milhões t); madeira serrada (2,9 milhões m³), madeira compensada (2,3 milhões m³) e madeira em tora (1,5 milhões m³). Destacam-se também as exportações de produtos secundários de madeira (27,8 milhões de unidades) e móveis de madeira (13,2 milhões de unidades). Entre 2022 e 2023, houve aumento nas exportações de pellets de madeira, carvão vegetal, produtos secundários de papel e arcos de madeira não trabalhados.

Entre os principais Produtos Florestais Não-Madeireiros exportados, destacam-se óleos essenciais (como os de pinho, eucalipto, pau-rosa e cedro), erva-mate, extratos tanantes (mimosa, carvalho, quebracho, entre outros) e óleos vegetais como o de babaçu. No período de 2021 a 2022, houve aumento expressivo na exportação de óleos essenciais, com crescimento de 6179% impulsionado principalmente pela elevação na exportação de óleo essencial de pinho, que saltou de 25.590 toneladas em 2021 para 1.639.615 toneladas em 2022. Além disso, no período de 2022 a 2023 foi observado um aumento de 152% na exportação da borracha natural.

Quanto aos valores obtidos com exportação em 2023, o produto Celulose representou a maior parte da arrecadação seguida de Papel e Cartão. A soma dos valores dos produtos não madeireiros representou cerca de 3%.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC, 2023).

Principais destinos das exportações brasileiras

Em 2023, os principais parceiros comerciais do Brasil foram a China (US$ 4 bilhões FOB) e os Estados Unidos (US$ 3 bilhões FOB). Os Estados Unidos importam principalmente celulose, madeira perfilada e madeira serrada, enquanto a China se destaca pela importação de celulose, madeira serrada e cavacos e partículas de madeira, além de madeira em tora.

Importação

Em 2023, os principais Produtos Florestais Madeireiros importados pelo Brasil em termos de quantidade foram: papel e cartão (567,9 mil t), carvão vegetal (31,2 mil t) e produtos secundários do papel (18,8 mil t); painéis de madeira (313,2 mil m³), produtos secundários da madeira (117,7 mil m³) e madeira serrada (94,3 mil m³). Entre 2022 e 2023, houve aumento nas importações de madeira laminada (282%) e de madeira serrada (264%), porém houve redução na quantidade importada de celulose.

Entre os principais Produtos Florestais Não-Madeireiros importados pelo Brasil em 2023 destacam-se óleos vegetais (como palmiste, de dendê, tungue e jojoba), borracha natural, látex e outras castanhas. Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 520% na importação de erva-mate, proveniente da Argentina, Paraguai e Equador. Por outro lado, registraram-se reduções nas importações de borracha natural, látex e óleos vegetais, principalmente.

Em relação aos valores investidos na importação de Produtos Florestais Madeireiros e Não-Madeireiros em 2023, o papel e cartão representaram a maior parcela, com 47% do total, seguidos por óleos vegetais, que somaram 13%, e borracha natural, com 11%.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC, 2023).

Principais origens das importações brasileiras

Os principais parceiros comerciais do Brasil para importação em 2023 foram a China (US$ 431 milhões FOB) e a Indonésia (US$ 196 milhões FOB). A China exportou principalmente papel e cartão para o Brasil, enquanto a Indonésia se destacou na comercialização de óleos vegetais. A maior parte da borracha natural importada pelo Brasil provém da Tailândia, Indonésia, Costa do Marfim, Malásia e Vietnã.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC, 2023).