O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) adota a definição de floresta estabelecida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU):
O QUE CONSIDERAMOS FLORESTA?
Área medindo mais de 0,5 ha com árvores maiores que 5 m de altura e cobertura de copa superior a 10%; ou com árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Não estão incluídas as áreas predominantemente sob uso agrícola ou urbano. – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, 2023).
A partir dessa definição, considera-se floresta as fitofisionomias de vegetação do Sistema de Classificação da Vegetação Brasileira (IBGE, 2012) que correspondem aos critérios adotados pela FAO. Assim, os tipos de vegetação considerados como tipologias florestais são:
- Floresta Ombrófila Aberta
- Floresta Ombrófila Densa
- Floresta Ombrófila Mista
- Floresta Estacional Decidual
- Floresta Estacional Semidecidual
- Floresta Estacional Sempre-verde
- Campinarana Arborizada e Campinarana Florestada
- Savana Arborizada e Savana Florestada
- Savana Estépica-Arborizada e Savana Estépica-Florestada
- Estepe Arborizada
- Vegetação arbórea com influência marinha, fluviomarinha, fluvial e/ou lacustre: Restinga, Manguezal, Palmeiral (áreas de formação pioneira)
- Áreas de Tensão Ecológica ou Contatos Florísticos em que pelo menos uma formação seja florestal
- Vegetação Secundária em áreas florestais
- Reflorestamento (floresta plantada)
Metodologia para estimativa da área das florestas
Para estimar a área de floresta do Brasil, o SFB utiliza como base o mapa de vegetação do IBGE (escala 1:250.000, versão 2021), identificando a fitofisionomia dominante em cada polígono para estabelecer um mapa de vegetação pretérita (tipologias vegetacionais originais do Brasil), desconsiderando as classes de uso antrópico. Esse mapa é, então, intersectado com os dados de desmatamento produzidos pelo Programa de Monitoramento do Desmatamento por Satélite (PRODES) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE, 2024), resultando em um mapa de vegetação remanescente. Em seguida, os dados de vegetação secundária do Projeto TerraClass (INPE, 2024) são incorporados a este mapa, adicionando as áreas de vegetação florestal que sofreram desmatamento, mas que estão em estágio de regeneração. O produto final deste processamento é um mapa com a área de vegetação natural remanescente, incluindo vegetação secundária, classificada quanto às suas tipologias vegetais, permitindo o cálculo da área de floresta natural e também da área de formações não florestais. Por fim, para a estimativa da área total de floresta do país, soma-se a área de floresta plantada disponibilizada pela Pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), desenvolvida pelo IBGE (IBGE, 2024).